sábado, 21 de janeiro de 2012

A LUZ.



Os nossos olhos se adaptam a luz, as nossas pupilas dilatam ou contraem-se de acordo com a luminosidade. E essa adaptação é tão sutil, que é comum não percebemos que estamos num ambiente escuro, até que um feixe de luz entra por algum pequeno espaço. Ou a luz invade tudo, de uma só vez, a visão fica ofuscada por alguns instantes, a luz incomoda, quase fere os olhos, mas, novamente eles se adaptam.


E então, aos poucos percebemos neste mesmo ambiente, detalhes antes ocultados; as cores ganham mais vida, pequenos objetos ficam mais evidentes e as sombras se projetam dos corpos.


Nós nos adaptamos á escuridão do mundo, vemos em parte certos que estamos vendo tudo e com nitidez.
Até que a luz chega.
Não importa se for por um pequeno espaço em nossos corações, nos atraindo e despertando devagar o desejo por mais luz.
Ou se invadir a nossa alma, confrontando e expulsando toda escuridão.


O certo é que esta luz revela a verdade.
A luz revela as sombras, refletidas pela nossa carne.
Mas quanto mais próximos estamos da luz, menos a sombra fica evidente e quando estamos bem embaixo dela, a sombra praticamente se desfaz. Como o domínio do pecado sobre nosso corpo cada vez mais derrotado pela nossa proximidade com Jesus.


Cores, como alegrias que antes não podíamos deslumbrar, os detalhes que antes passavam despercebidos e que agora enxergamos são a graça e o cuidado de Deus conosco nas pequenas coisas, e em todas as coisas.
Podemos enfim enxergar o caminho e andar sem tropeçar.


A luz é permanente é invariável, imutável.
Se por alguns instantes o caminho começa a ficar novamente cinza, confuso, a sombra evidente demais, a alegria sumindo aos poucos, certamente não foi a luz que se apagou ou perdeu o brilho, nós é que caminhamos para longe dela e nossos olhos se acostumam, é preciso atenção.


Então é só olhar novamente para ela, começar a caminhar em sua direção, que tudo vai dando lugar à luz, cada vez mais, de uma vez por todas, ela é irresistível e irradia tudo que toca.


Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8.12).


Kelly Rodrigues dos Santos Queiroz.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Quanto vale uma alma.

A igreja é composta de pessoas. Por que temos que nos lembrar disso? Deus não sonda arquivos de computador, sonda os corações das pessoas. Deus não derrama do Seu Espírito sobre estruturas e departamentos e sim sobre pessoas. Deus não habita em prédios, galpões e sim em meio aos louvores de seu povo.


No final da carta aos Romanos, Paulo cita nomes de pessoas reais (Priscila, Áquila, Epêneto, Junias, Maria, Urbano, Ampliato, etc). Um nome revela intimidade. Paulo conhecia aquelas pessoas, o que pode ser percebido pelas qualificações (notáveis, amado, cooperador, mãe para mim…).
Ao relacionar nomes e qualificações, Paulo faz do ensino sobre a igreja algo vivo e não apenas uma idéia ou um projeto. Isso faz soar o alerta quando vemos pessoas entrando e saindo dos templos. Jesus não veio ao mundo defender uma causa ou propagar uma idéia, veio para buscar e salvar os perdidos; não veio para fundar uma instituição, mas para anunciar a chegada de um Reino que não é deste mundo; não veio apenas para dar um bom exemplo, mas para dar sua vida em resgate de muitos.


Nesta missão, há uma passagem que se encontra em Mt 14.14, que diz que Jesus olhou para as multidões e teve compaixão deles; ensinou com paciência e misericórdia e ainda multiplicou pães e peixes; não esqueceu que um indivíduo merece tempo e atenção, como no caso da mulher samaritana e de Nicodemos, relatados no evangelho de João. Por isso acima de qualquer coisa o principal tesouro que temos aqui são as pessoas.
Em Paulo e em Jesus encontramos a verdade simples e radical de que igreja são pessoas, que juntas adoram, servem; que juntas crescem, auxiliam e semeiam.


Onde ninguém tem o papel de juiz sobre o próximo, afinal não há um justo sequer.
E principalmente onde ninguém é descartável, impróprio ou indigno de estar ali, todos tem o direito de ser respeitados, aceitos, amados independente de suas fraquezas e pecados. Se todos têm como Paulo a humildade de intitular-se como o principal dos pecadores, não há lugar para acusações, ninguém é julgado, mas acolhido e não há intolerância entre os irmãos.
E assim, a graça de Deus resplandece atraindo cada vez mais pessoas e fazendo com que cada vez mais as pessoas queiram estar ali, em comunhão, se ajudando, em amor. Quanto vale uma alma? Não vale mais que nenhuma outra alma e ainda assim cada uma vale mais que o mundo inteiro.


A igreja precisa dar o devido valor a cada pessoa e não ofuscar este valor jamais, não é só mais um membro é uma ovelha de Cristo, comprada com sangue. Há algum tempo atrás, li um livro chamado Feridos em Nome de Deus. Que relata experiências dolorosas de pessoas que foram rotuladas, expostas, afastadas de suas funções, envergonhadas dentro da igreja que deveria restaurá-las. Pessoas que se doaram, confiaram e viram sua vida particular, suas confissões serem assunto na congregação, tema de pregação, por fim foram tão feridas, que o processo de libertação desta dependência humana foi carregado de decepção e mágoa.
E mesmo depois o coração fica arredio, inseguro, desconfiado, mais endurecido. Isso quando há recuperação, e aí depende do quanto este coração está firmado em Cristo. E a cada dia mais, vejo coisas assim se repetindo.


Não são necessários vigias da santidade alheia, é necessária boa instrução com base na palavra e confiança de que cada um é responsável pela própria conduta, e pelo seu relacionamento com Cristo por base nesta palavra. Quem entende a graça não usa medidor de moral para comparar ninguém com ninguém ou para julgar. Não se estabelece um padrão de conduta para formar o corpo, excluindo ou isolando todos que estão fora deste "padrão".


A igreja deve restaurar. Cristo escolheu os maltrapilhos e os tratou por anos. O padrão é o amor  e a graça de Cristo. Exortar é um dom de Deus e a palavra exortar significa: Animar, incentivar, advertir, admoestar, aconselhar, estimular e no sentido mais bíblico; trazer para perto.Trazer para perto, olha só, dá a idéia de ser sim corrigido, mas também abraçado, guardado, com amor e por amor, estreitando os laços e fortalecendo intimidade e confiança, eu exorto e trago para mais perto de mim, e para mais perto de Deus.
Por uma igreja mais hospital e menos tribunal...


Kelly Rodrigues.
Com trechos retirados do texto, de Marcelo Maia.
Blog no Caminho.

sábado, 8 de outubro de 2011

Fé não fingida...






I Timóteio 1:5 “Mas o fim desta admoestação é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida;”




Uma fé não fingida...


Parei nessa frase, ela me intrigou. É sobre isso o papo santo da vez.


Encontramos aqui o termo grego anipócritou, "sem hipocrisia".


Uma fé sem hipocrisia, fé esta que Paulo encontrava em Timóteo e em sua família e o instruía a ensiná-la para a igreja.


Hipócrita, é aquele que finge ser quem não é e que usa uma máscara para representar o personagem de santo, curado, fiel, liberto, de crente perfeito.


Um grande sinônimo de hipocrisia são os fariseus, as palavras fortes de Jesus "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas" ecoam por todos os evangelhos.


Quem eram os fariseus?


Eles eram líderes de um movimento para trazer o povo de volta a uma submissão estrita à palavra de Deus e eram considerados como os servos mais espirituais e devotos de Deus. Os fariseus seguiam não somente a lei escrita de Deus, mas também as tradições orais que lhes tinham sido passadas, inclusive passaram a priorizá-la. Jesus condenou os fariseus pelo interesse deles em impressionar os outros, eles tinham aperfeiçoado diversas técnicas de chamar atenção, como usar roupas especiais para fazê-los parecer mais religiosos, orar e jejuar de modos muito visíveis.


Os fariseus eram falsos, e superficiais. Eles limpavam minuciosamente o exterior (a parte que as pessoas podiam ver), mas negligenciavam a justiça interior. Endureceram o coração, escondiam os próprios pecados. O que causava a cegueira deles? Eram preconceituosos, seu orgulho impedia-os de se humilharem o suficiente para permitirem que o Senhor abrisse seus olhos, então voltavam-se facilmente como acusadores dos pecados alheios.


Esse era o exemplo que Jesus deu de uma fé fingida. A vida de aparências dos fariseus. Paulo um dos meus apóstolos preferidos, não tinha essa preocupação, ele entendia na prática o que Jesus disse; “Não são de homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos. Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores.” (Lc 5,31-32). Mesmo sendo um grande líder e pregador, evidenciava sempre que era um homem comum, que também tinha suas fraquezas e lutas pessoais contra o pecado. Sim, mesmo depois de convertido, não era perfeito, ninguém é.


Romanos 7.18 Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois faço não o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Assim, encontro essa lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim.
Romanos 7:24. “Miserável homem que eu SOU! Que me livrará do corpo desta morte?”


Filipenses 3:11-12 Para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, para ver se poderei alcançar aquilo para o que fui também alcançado por Cristo Jesus.
1Coríntios 9.27 Esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.
1Tm 1.15 Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu SOU o principal;
Tenho que discordar de Paulo, quando escreveu este último eu ainda não tinha nascido, senão provavelmente escreveria meu nome. Todos deveriam pensar a mesma coisa, mas hoje, como nos dias de Jesus, temos também a tendência de mantermos as aparências, e corremos o risco de vivermos uma fé fingida.


A igreja deveria ser um lugar sem julgamentos, deveria ser um lugar onde todos os pecadores são bem vindos, e onde todos encontrassem apoio, perdão e amor para que o caráter de todos pudesse ser moldado. Vivendo o princípio de Filipenses 2:3. “Nada façais por contenda ou por vangloria, mas por humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo.”. Se assim fosse, os pecados poderiam ser livremente confessados e haveria cura contínua. Ainda sonho com esta igreja, não podemos desistir dela...


Mas em meio a uma igreja de supercrentes, nem eu nem ninguém pode revelar fraquezas e pecados, o que pensariam de mim? O que diriam de mim? Por isso o uso de máscaras é tão freqüente.






Um princípio básico para a Graça continuar operando em nós, é não tentarmos esconder de nós, ou de Deus (como seria possível?) quem somos e onde ainda precisamos de tratamento. Para prosseguir, é necessário continuar o processo com Deus, prosseguindo para o alvo. Uma fé não fingida consiste em saber que Deus não tem filhos preferidos, que não somos uma surpresa ruim para Deus, confiando na obra da cruz para terminar o processo, eu paro de me esconder de Deus e deixo-o continuar operando em mim...






I João 1: 8 a 10 e 2:1 Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.






Vivamos então uma fé pura, verdadeira diante de Jesus.


Nele, com quem não precisamos de máscaras, no qual até o pior dos pecadores encontra abrigo, esperança e transformação.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amigo Eterno...

Glenda Barros






A intimidade do Senhor é para os que o temem, e Ele lhes mostrará a sua aliança. Salmos 25: 14


Estabelecer uma relação de intimidade não é fácil, exige tempo e muita disposição. Davi nos dá uma dica valiosa, que se guardarmos e obedecermos, nossa relação com Deus se estreitará.


Davi diz que a intimidade com Deus é para os que o temem, e quando ouvimos o verbo temer, automaticamente associamos a palavra medo. Temer ao Senhor vai muito além de ter medo dEle; temer ao Senhor significa reverenciá-lo, significa guardar (obedecer) seus mandamentos e se sujeitar a boa, perfeita e agradável vontade dEle. E a intimidade requer tanto temor a Deus, quanto confiança nele. Não há intimidade quando não há cumplicidade e confiança, para dar acesso irrestrito a Deus a tudo que pensamos, a tudo que somos.


Quando não temos intimidade com alguém não permitimos um contato mais próximo, nem, tão pouco recebemos conselhos e alertas que direcionem nossas atitudes, afinal, ela não tem intimidade conosco, não é mesmo?


Se não buscamos intimidade com Deus, não permitimos que Ele direcione nossos caminhos, assim, nos desviamos do propósito e caímos no laço do diabo. Uma relação de Intimidade só é alcançada, quando perseveramos em conhecer, Deus já nos conhece, no íntimo de nosso coração, mas só age naquilo que nós permitimos, naquilo que nós entregamos a Ele.


Se diligentemente procurarmos pela presença de Deus, Ele revelará a nós os seus segredos, anunciará tudo o que antes se fazia oculto (Jeremias 33:3), e herdaremos as promessas.




Graça e Paz!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cuspidores de pedras...

Glenda Barros





Hoje não farei nenhuma citação bíblica, quero apenas trocar uma idéia, bater um papo santo, não sei se serão aceitas as minhas palavras, mas quero planta-las pois a partir dessa semente, o arrependimento germinará...


A gente tem uma mania de achar que é dono da verdade. Há pouco tempo, uma frieza descomunal abateu o meu espírito, e ao invés de reparar em meus erros e defeitos, achei mais cômodo canalizar meus olhares na lepra dos outros.


Normalmente é o que todo mundo faz, é do instinto humano desviar-se de si mesmo apontando para outras direções. Na verdade olhando pra lepra do próximo a sensação de alívio é instantânea, esquecemos de nossa própria ferida e nos sentimos “melhor”, menos doentes.


O cheiro podre que a gente sente vem da nossa própria carne, que fede as narinas de Deus, só que é mais confortável atirar a pedra do que correr o risco de ser chamado de pecador, é mais fácil reparar no erro do outro do que perceber que não somos santos.


O que falta em nós é a compreensão, de que Deus só perdoa e purifica os pecados daqueles que se arrependem e renunciam a prática do mesmo, não adianta absolutamente nada descriminar milimetricamente o pecado de nosso irmão, pois isso não trará remissão e pureza para alma dele.


Pelo contrário, ser um crítico de pecados, só nos tornará experts em distinguir e perceber a presença do mesmo nos outros, nos tornando autossuficientes e cheios de razão, ainda que saibamos que de razão o inferno tá cheio...


Apontar para o pecado não nos livrará dele. Cristo ordena, seja luz, seja sal, em outras palavras, iluminem, contagiem, disseminem o amor de Deus na vida das pessoas. Uma coisa é certa, não se atira pedras em árvore sem frutos, se a tua boca tem cuspido pedras de julgamento fique atento, a sua raiz pode estar podre e seus frutos, se ainda restarem alguns, estão condenados a perecer juntamente com você.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Que amor é esse?

Kelly Queiroz
Este texto não nos fala somente do amor de Deus por nós, este, nós não podemos entender ou explicar, não podemos medir. Não podemos comparar, só sabemos que é um amor imerecido e incondicional. Esta palavra além de mencionar o amor de Deus por nós, fala principalmente sobre o nosso amor por Deus. Que amor é este que você oferece ao seu Deus? Quando fala a Ele que o ama, em oração ou quando canta, como é realmente este amor?E como realmente ele deveria ser?

Este texto tem algumas frases muito conhecidas que nós gostamos de recitar, quase são bordões evangélicos. São elas:
..."Se Deus é por nós quem será contra nós"...
..."Quem nos separará do amor de Cristo?"...
..."Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores"...
Lidas assim nos dão uma idéia de que nós somos protegidos e poupados por Deus de qualquer mal ou dificuldade, por causa do amor de Deus por nós.
Mas creio que não é sobre isso que o texto nos fala, para entender melhor temos que nos situar no contexto do capítulo 8 de Romanos e ver o que ele nos diz desde o início.
Resumidamente temos por base estes princípios:
·              Nenhuma condenação há para os que estão (permanecem) em Cristo e que não andam segunda a carne (pecado) mas, são guiados pelo Espírito Santo que neles habita.
·              Se vivemos no Espírito, somos filhos de Deus e co-herdeiros, se somos filhos somos participantes não só da glória mas das mesmas aflições, padecendo também com ele na esperança da salvação eterna.
·              Tendo o Espírito Santo como fortaleza em nossas fraquezas (falhas morais), sabendo que "todas as coisas" (boas e ruins) contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.
Pois bem, tomando estes princípios por base vamos entender o que realmente  cada uma dessas frases nos dizem:
1- ..."Se Deus é por nós quem será contra nós"...
Iniciando no vs 31. Nós diremos a estas coisas. ..."Se Deus é por nós quem será contra nós"... Quem diz isto somos nós, nós que amamos, se amamos teremos esta postura inabalável diante destas coisas (todas as coisas), porque vs 32 se Deus não poupou destas coisas, seu filho, nós também estamos sujeitos a elas?
Vs 32 e 33. Acusação?Condenação? Que importa se formos acusados? Não temeremos nenhuma acusação ou condenação, pois, Cristo nosso intercessor e justificador já nos livrou da maior condenação (inferno). Ele nos justifica por seu sacrifício, então não importa se sofremos estas coisas aqui, continuaremos a amar a Deus.
Nós diremos a estas coisas...

2-..."Quem nos separará do amor de Cristo?"...
A tribulação, a angústica, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, ou a espada?
Não é o que impedirá a Deus de te amar, mas o que impedirá a você de amar a Deus, já que estas coisas podem afetar os homens, podem fazê-los negar a fé, desanimar,enfim, circunstâncias que tendem a esfriar o amor dos homens por Deus, mas não podem afetar a Cristo. O amor dos homens é que é instável, volúvel.
Será que o seu amor por Deus tem um preço?Tem uma condição? Você pode ser acusado, condenado, sofrer tribulações, ser perseguido, passar fome, estar nu (ou a falta de algo material), correr riscos a ponto de ser morto e ainda dizer verdadeiramente; Senhor eu te amo?
Prestem atenção ao vs 37 "Por amor de ti somos entregues a morte todo o dia, fomos reputados como ovelhas para o matadouro"
Este tem que ser o nosso amor, disposto a tudo, conscientes de que tudo em nossas vidas tem um propósito. Senão, que amor é este?

3-..."Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou"...
Mas, mesmo estando nestas situações, somos mais do que vencedores, porque Ele é o motivo, Ele é a razão, vale a pena vencer todas estas coisas.
A lista "destas coisas" até aqui são coisas que nós devemos vencer que cabe a nós não permitir que afetem nosso amor por Deus.
O que vemos adiante é uma lista de coisas que Deus controla:
A morte, a vida, os anjos, principados, potestades,  o presente, ou o futuro, a altura (os céus) ou  a profundidade (inferno) ou alguma outra criatura.
..."nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor".
Porque sei que vencendo aquilo que tentará abalar o meu amor por Cristo, que tudo o mais Deus vencerá por mim, Ele fará a parte dele.
Agora sim se referindo ao amor de Deus por nós, porque esta lista de coisas só o Senhor pode controlar, ou nós em seu nome e pelo seu poder.

Desta forma, vemos estes versículos de uma maneira diferente, nos dando clareza de que o amor de Deus pode nos livrar de males e adversidades, mas, que nosso amor por Ele deve nos levar a permanecer nele mesmo diante "destas coisas", Paulo já entendia esta mensagem quando também escreveu o texto de Fp 4, 11 a 13. "...Posso todas as coisas naquele que me fortalece..."
É o que devemos aprender, a amar a Deus em todo o tempo,em qualquer situação, permanecer no Espírito Santo que nos conduz para as "coisas do espírito", que nos consola nas aflições, sabendo que em tudo Deus tem algo a fazer em nossas vidas e que nosso amor deve sempre nos alegrar em Cristo. Amar incondicionalmente e em obediência nos fará dizer a "estas coisas";
..."Se Deus é por nós quem será contra nós"...
..."Quem nos separará do amor de Cristo?"...
..."Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores"...
Que a partir de hoje você possa avaliar o seu amor por Cristo!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Morte em Vida




Carlen Alves
A palavra morte, na língua portuguesa, não tem qualquer especificidade. Aplica-se a mesma característica em muitas outras línguas, tal qual a italiana em que a palavra morte indica "um fato natural como todos os outros e não tem, para o homem, um significado específico". Morte e fim são palavras sinônimas e ambas pedem um complemento nominal. A Morte é sempre a morte de algo.

Pois bem, quero aqui falar um pouco da morte do Cristão, porém, uma morte da qual ele não está debaixo da terra. Mas porque falar de morte? Você deve estar pensando; tantos assuntos e temas interessantes para falar e pregar, porque este?

Outro dia fui convidada pela minha querida amiga Kelly (Se é que posso lhe chamar assim kkk) a escrever um texto para este blog, claro fiquei muito honrada, afinal é um blog especial, ao mesmo tempo bateu aquela responsabilidade. Comecei a pensar em um tema, o que escreveria? Pois bem, orando e buscando veio a mente esse tema: MORTE.


Pensei poxa vida, mas falar de morte Senhor? Tão forte essa palavra, tão triste, afinal, quando se fala em morte pensamos logo naquele ente querido que já se foi. Porém, não é dessa morte que quero falar, mas sim da morte dos Cristãos em vida, daquilo que está acontecendo dentro das igrejas e do meio cristão.

Caro leitor, estamos vivendo dias difíceis, nos telejornais só se fala em pedofilia, abuso sexual, assassinatos, roubos, filho contra pai, pai contra filho e por aí vai, no entanto, tenho visto que muitos de nós têm ficado apáticos diante dessa situação, passamos a viver de casa pro trabalho, do trabalho pra igreja e assim seguem os dias, meses e anos.

Nos finais de semana há sempre um acontecimento diferente em nossas igrejas, um pregador de fora, um cantor, e assim vai... E com isso amados, estamos caminhando pra morte, pois, estamos nos restringindo a somente receber, saciar nossa própria sede e fome da palavra, e quando paramos para discuti-la, na grande maioria das vezes estamos rodeados de cristãos, pessoas que já receberam Jesus como seu Senhor e salvador, daí eu pergunto onde está o evangelizar?

Onde está o IDE do Senhor Jesus? Até quando vamos continuar assim, até quando ficaremos apáticos diante de tantos acontecimentos? Cadê aquele fogo do primeiro amor? Cadê aquela vontade de ir pra rua, bater de porta em porta, gritar aos quatro cantos que DEUS É BOM, que Ele salva, que Ele cura, restaura, RESSUSCITA!!!

Ao sentar em frente ao pc e começar a escrever, olhei pra minha vida amados e me senti morta diante do Senhor, você deve está ai pensando nossa como a Carlen está sendo dramática neste texto, mas não queridos, estou apenas falando a verdade na qual muitas vezes temos medo de encarar, e ao escrever tudo isso, sinto o peso da minha responsabilidade como serva, sabe porquê? Porque estou inclusa nesse montueiro de mortos que se encontram dentro da igreja, daí você me diz: mas você é uma serva do Senhor, você está dentro da Igreja servindo, buscando a Deus, aì meus amados eu te digo: Não basta! O Senhor nos diz pra levar a sua palavra, pregar o evangelho, levar as boas novas, por todo lugar. Fé, Adoração, Louvor, tudo isso sem o Ide do Senhor de nada adianta, é preciso viver em Cristo, literalmente viver em e com Cristo, devemos ser crentes por completo, fazer a obra e fazer direito.


O Espírito Santo é quem convence as pessoas do pecado, fazendo-as sentir a necessidade de ser salvas, e revelando-lhes a Pessoa de Cristo, o Salvador, e se temos o Espírito Santo ao nosso lado pra quê temer, porque não obedecer? Porque não pregar? Queridos, RESSUSCITEM! Vamos nos deixar ser usados na palavra de Deus, vamos obedecer o IDE do Senhor, arregaçar as mangas e agir, deixar de ser crentes mortos e VIVER EM CRISTO E PARA CRISTO obedecendo a sua palavra.


O apóstolo Paulo escreveu:


"Ora, eu vos lembro, irmãos, o evangelho que já vos anunciei; o qual também recebestes, e no qual perseverais, (…) Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras" I Coríntios 15:1,3-4


Portanto, amados vamos levar esse evangelho que temos aprendido e que tem nos alimentado diariamente a estas pessoas que perecem, ao invés de ficarmos parados, assistindo tanta coisa ruim acontecer. Vamos ser verdadeiros discípulos do Senhor e discípulos VIVOS!

Nele que ouvirá o nosso clamor:


Senhor daí-me filhos senão morro! Gn 30:1